segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Acorde, estamos em guerra

 No dia 4 de outubro de 2020, foi publicado um manifesto redigido por professores de Harvard, Oxford e Stanford e subscrito por mais de seis mil cientistas e médicos do mundo inteiro. Na carta, os jovens são conclamados a retomarem as suas rotinas com normalidade, a fim de induzir a chamada imunidade de rebanho, mecanismo que dificulta a propagação de qualquer vírus a medida que aumenta o número de pessoas que se contaminam e se tornam imunes naturalmente (The Great Barrington Declaration, disponível em https://gbdeclaration.org/).

Esse chamamento lembrou-me um dos episódios mais marcantes do século XX. No dia 6 de junho de 1944, que ficou conhecido com o Dia D, milhares de jovens também foram chamados para uma missão: desembarcar numa praia da Normandia para dar início a campanha dos Aliados para retomar o território francês ocupado pelos nazistas. Aqueles jovens sabiam que muitos deles morreriam antes mesmo de pisar nas areias da praia, pois seriam fuzilados pelos nazistas ainda dentro dos botes que os transportavam, como ilustrou muito bem as primeiras cenas do filme “O resgate do Soldado Ryan”. Apesar de a convocação ser praticamente uma sentença de morte, esses jovens não se acovardaram. Eles enfrentaram o medo de morrer e lutaram pela liberdade não apenas deles próprios, mas principalmente dos seus filhos e das futuras gerações. E graças a esses heróis anônimos atualmente desfrutamos dessas liberdades que os regimes nacional-socialistas queriam nos tolher.

Se você ainda não percebeu, estamos em guerra de novo. A diferença é que dessa vez não precisamos pegar em armas para vencer a luta e não estamos diante de uma morte quase certa no campo de batalha. Também não estamos sendo chamados a enfrentar o inimigo por governos ou malucos neonazitas ou supremacistas brancos. O chamamento foi feito por milhares de estudiosos e está baseado em evidências científicas de que a taxa de letalidade associada ao novo coronavírus entre a população jovem é baixíssima (mil vezes menor do que entre idosos). Os jovens precisam se expor a esse risco para livrar a humanidade da ameaça que esse vírus representa tanto para a nossa saúde quanto para as nossas liberdades.

Até quando vamos ignorar o alerta de milhares de médicos e cientistas e continuar seguindo blogueiros e artistas? Nem a OMS defende mais medidas como lockdown e quarentena, pois reconhece que foram um erro. Apesar disso, tem gente que continua acreditando no que diz esse tal de Felipe Neto, um sujeito incapaz de realizar qualquer atividade produtiva para a sociedade, porque o seu único “talento” é pintar o cabelo de azul e fazer lives para falar a respeito do seu próprio pênis. Por que diabos continuar obedecendo a cantora Anitta, que manda você ficar em casa, enquanto ela viaja para a Itália para curtir o verão Europeu e reunir multidões nos seus shows? Ainda não deu para perceber que essa galera está se lixando para a sua saúde? Enquanto você adoece e empobrece confinado entre quatro paredes, a turma do “fique em casa” enche os bolsos de dinheiro com os anúncios publicitários nos canais do YouTube onde eles veiculam o lixo que produzem. Não se engane: esse pessoal não quer o seu bem; eles estão do lado daqueles que querem aniquilar as suas liberdades.

A derrota do inimigo só depende da nossa atitude, mas é justamente essa atitude que está nos faltando. Claro que ninguém quer ser aquele jovem que entrará nas estatísticas de morte em decorrência da COVID. Não desejo isso nem para mim, nem para os meus familiares, nem para os meus amigos, nem para ninguém. Mas devemos assumir esse risco, que, repita-se, é insignificante, se comparado com o risco a que se expuseram tantos jovens nas guerras que hoje ilustram os livros de história. Precisamos assumir esse risco ínfimo não apenas para resgatar as nossas liberdades, mas também para salvar os nossos idosos, em memória daqueles que lutaram bravamente no passado para garantir o nosso bem-estar hoje. Precisamos assumir esse risco para salvar as nossas crianças que estão ficando doentes não de coronavírus, mas de depressão porque foram privadas da alegria de serem livres.

Se você também não quer bater continência para um ditador, acorde! A guerra está aí e temos que reagir logo. As nossas liberdades foram tomadas de assalto e não será fácil recuperá-las. Cancele esses blogueiros e artistas que se arrogam no direito de mandar você ficar em casa. Tire o pijama e retome as rédeas da sua vida. Faça isso pelo seu próprio bem e dos seus filhos. Faça isso agora, porque daqui a pouco já será tarde demais.

Sobre homens, macacos e pandemia

Desde o início da pandemia causada pelo vírus originário da China, governantes impuseram uma série de medidas restritivas a pretexto de garantir o distanciamento social entre as pessoas e, assim, supostamente evitar a propagação do vírus. Quando observo as pessoas seguindo à risca certas medidas, lembro-me daquela experiência com macacos. 

Conta-se que certa vez cientistas reuniram meia dúzia de macacos em uma jaula. No centro, deixaram uma escada e, acima da escada, um cacho de bananas. Cada vez que um macaco subia a escada, os cientistas lançavam um jato de água fria nos demais que ficavam no chão. Em dado momento, os macacos perceberam a relação entre subir a escada e o banho de água fria, quando, então, começaram a bater no símio que insistisse em tentar alcançar as bananas pela escada. A partir disso, os cientistas substituíram um macaco veterano na experiência por um macaco novato. O novato correu para a escada sem titubear, e os demais logo lhe aplicaram uma boa surra. Mais um primata novato foi colocado no lugar de outro veterano e o mesmo aconteceu: o novato tentou subir as escadas e apanhou dos demais. Chegou ao ponto em que todos os macacos veteranos foram substituídos por novatos, os quais, mesmo sem nunca terem tomado uma ducha de água fria, continuavam batendo no macaco que tentasse subir a escada. Conclusão: se fosse possível perguntar aos macacos novos por que eles batiam em quem tentava subir a escada, provavelmente eles responderiam: “não sei, mas aqui sempre foi assim”.

Essa experiência nos ensina que, como seres humanos dotados de racionalidade, devemos sempre refletir sobre o que fazemos, a fim de entender o sentido das nossas ações. O medo de ser contaminado pela praga chinesa do novo coronavírus, em parte provocado pelo terror midiático, parece ter tolhido nossa capacidade de pensar, de modo que aceitamos irrefletidamente as medidas que foram empurradas goela abaixo pelas autoridades públicas. Os nossos governantes dizem que todas as medidas adotadas estão baseadas em evidências científicas. Será mesmo?

Um dia desses fui em uma loja comprar um casaco. Escolhi uma peça e dirigi-me ao provador para experimentar, quando a atendente me impediu dizendo que estava proibido o uso do provador (na hora, senti-me na pele dos macacos novatos da experiência científica, mas por sorte a atendente era gentil e não me bateu). Eu teria que comprar o casaco e provar em casa e, se não servisse, poderia devolvê-lo. Eu perguntei para a moça: se o casaco fosse meu, poderia tirar e vestir novamente no interior da loja? Ela respondeu sim, claro. Então, fui até o caixa e comprei o casaco. O atendente do caixa me entregou a sacola com o casaco, e eu perguntei para ter certeza: agora, o casaco é meu? Sim! Aí tirei o casaco da sacola e vesti na frente do caixa. Como o casaco não serviu direito, tirei o casaco, coloquei-o sobre o balcão e pedi para experimentar outro tamanho.

Faz algum sentido proibir as pessoas de usarem o provador da loja? Se o sujeito pode circular na loja, por que raios não pode usar especificamente o provador? Ele já está no interior da loja! Vai dizer que o vírus fica concentrado só no provador?

Exemplos assim não faltam. Outro dia hospedei-me em um hotel. No check-in, o atendente me alertou que precisava reservar um horário para tomar o café da manhã. Decerto faziam isso para evitar “aglomero” no salão, pensei comigo mesmo. Não! Era porque o café tinha que ser servido nas mesas, pois o município havia proibido o uso das mesas de buffet. Como servir o café nas mesas exigia certa quantidade de funcionários, era preciso limitar o número de hóspedes por horário. Para minha surpresa, nessa mesma cidade, os restaurantes não estavam proibidos de servir almoço na modalidade buffet.

Que tipo de ciência é essa que não vê risco no buffet dos restaurantes, mas enxerga o fim do mundo no buffet dos hotéis? Por acaso, o vírus chinês circula apenas em hotéis e não em restaurantes?

Em algumas cidades, os cidadãos foram obrigados a usar máscaras dentro dos carros, mesmo estando sozinhos e com os vidros fechados! Teve prefeito que impôs distanciamento social até para veículos, que não podiam ser estacionados lado a lado! Dizem os “cientistas” que é para evitar que as pessoas fiquem próximas quando entram e saem dos carros. Então, o sujeito sai de casa, vai até o shopping ou ao supermercado, cruza com dezenas de pessoas, senta na praça de alimentação e tira a máscara para comer, fica cara-a-cara com o caixa dos estabelecimentos e nada disso é considerado arriscado demais. Mas Deus o livre estacionar os veículos lado a lado!

Ora, não é preciso ser um cientista nem um prêmio Nobel para perceber que essas e outras tantas medidas não fazem o menor sentido. Mesmo assim as pessoas continuam cumprindo e algumas acham mesmo que todas essas restrições são absolutamente necessárias para salvar a humanidade do juízo final. 

Se a pandemia não passa de um grande experimento social, como afirmam algumas teorias da conspiração, será interessante descobrir quando foi que abdicamos da nossa faculdade de pensar e refletir sobre as nossas ações. Talvez seja o caso de começar a perguntar para as pessoas por que estão usando máscaras. Quando elas começarem a responder “não sei, mas aqui sempre foi assim”, aí teremos uma boa pista do momento em que nos tornamos menos humanos e mais macacos.